quinta-feira, 8 de maio de 2014


A Sociologia e o Século XIX : uma breve introdução


 
Discutir a sociologia enquanto Ciência Social significa, antes de mais nada, argumentar sobre o processo de formação de uma área de conhecimento cientifico , ou seja, como a sociologia obteve objeto de estudo, teoria e métodos próprios. Para tanto é importante considerar tanto o contexto histórico quando os principais teóricos da sociologia.

Ao falar das grandes revoluções européias dos séculos XVIII e XIX, o historiador Eric Hobsbawn (2006) afirma a Revolução Francesa influenciou decisivamente uma idéia de política, Já a Revolução Industrial significou grandes mudanças na economia, especificamente nas relações e condições de produção. No decorrer desses séculos, tais fatos propiciaram uma serie de mudanças nos contextos, políticos, econômicos e sociais, no quais estiveram inseridos os principais teóricos da sociologia.

No inicio do século XIX tem uma situação francesa, de forma geral, pode ser percebida através da disputa entre os que defendiam o retorno às estruturas do antigo regime, os que defendiam a constitucionalização liberal Francesa e também aquele que desejavam mudança, mais radical, nas estruturas políticas , econômicas e sociais. Esse contexto marcado por elementos medievais e modernos foi marcado, mais adiante, pela II república de Carlos Louis Bonaparte (Napoleão III), pela Batalha de Serdan, pela guerra franco-prussiana (1870-1871) e também da comuna de Paris (1871) considerada a primeira experiência de um governo operário, em toda a história da humanidade.

Na Inglaterra, já administrada por um estado liberal burguês, o grande marco foi a revolução industrial, que veio acompanhada de grandes transformações tecnológicas como a descoberta como o aço, da eletricidade, maquina a vapor e tear mecânico. Ao mesmo tempo em que tais descobertas propiciaram uma maior produção econômica propiciou também mudanças nas relações de trabalho, principalmente na substituição de operários por maquinas, gerando assim grande impactos sociais por meio do desemprego em massa. Tal situação incentivou o surgimento do luddismo, que era um movimento contrario a mecanização e também a formação de outros grupos de reivindicação como por exemplo a Confederação Geral do Trabalho na França.


 

 

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