Weber:
Durkheim:
Marx:
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Frases para refletir
Weber: O homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes,
não tivesse tentado o impossível.
Neutro é quem já se decidiu pelo mais forte.
Marx: A história da sociedade até aos nossos dias é a história da
luta de classes.A tortura deu lugar às descobertas mecânicas mais engenhosas,
cuja produção dá trabalho a uma imensidade de honestos artesãos.
Durkheim: Nosso egoísmo é, em grande parte, produto da sociedade.A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios — sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento — que balizam a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela
A Sociedade Marx, Weber Durkheim
A definição mais geral de sociedade pode ser resumida como um sistema de interações humanas culturalmente padronizadas. Assim, e sem contradição com a definição anterior, sociedade é um sistema de símbolos, valores e normas, como também é um sistema de posições e papéis.
Uma sociedade é uma rede de relacionamentos sociais, podendo ser ainda um sistema institucional, por exemplo, sociedade anônima, sociedade civil, sociedade artística etc. A origem da palavra sociedade vem do latim societas, que significa associação amistosa com outros.
O termo sociedade é comumente usado para o coletivo de cidadãos de um país, governados por instituições nacionais que aspiram ao bem-estar dessa coletividade. Todavia, a sociedade não é um mero conjunto de indivíduos vivendo juntos em um determinado lugar, é também a existência de uma organização social, de instituições e leis que regem a vida dos indivíduos e suas relações mútuas. Há também alguns pensadores cujo debate insiste em reforçar a oposição entre indivíduo e sociedade, reduzindo, com frequência, ao conflito entre o genético e o social ou cultural.
Durkheim, Marx e Weber conceituaram de maneiras diferentes a definição de sociedade. Cada um definiu a constituição da sociedade a partir do papel político, social ou econômico do indivíduo.
Para Émile Durkheim, o homem é coagido a seguir determinadas regras em cada sociedade, o qual chamou de fatos sociais, que são regras exteriores e anteriores ao indivíduo e que controlam sua ação perante aos outros membros da sociedade. Fato social é a coerção do indivíduo, constrangido a seguir normas sociais que lhe são impostas desde seu nascimento e que não tem poder para modificar.
Em outras palavras, a sociedade é que controla as ações individuais, o individuo aprende a seguir normas que lhe são exteriores (não foram criadas por ele), apesar de ser autônomo em suas escolhas; porém essas escolhas estão dentro dos limites que a sociedade impõe, pois caso o indivíduo ultrapasse as fronteiras impostas será punido socialmente.
Para Karl Marx, a sociedade sendo heterogênea, é constituída por classes sociais que se mantêm por meio de ideologias dos que possuem o controle dos meios de produção, ou seja, as elites. Numa sociedade capitalista, o acúmulo de bens materiais é valorizado, enquanto que o bem-estar coletivo é secundário.
Numa sociedade dividida em classes, o trabalhador troca sua força de trabalho pelo salário, que é suficiente apenas para ele e sua família se manterem vivos, enquanto que o capitalista acumula capital (lucro), que é o símbolo maior de poder, de prestígio e status social.
A exploração do trabalhador se dá pela mais-valia, a produção é superior ao que recebe de salário, sendo o excedente da produção o lucro do capitalista, que é o proprietário dos meios de produção. Assim se concretiza a ideologia do capitalista: a dominação e a exploração do operário/trabalhador para obtenção do lucro.
Para Marx, falta ao trabalhador a consciência de classe para superar a ideologia dominante do capitalista e assim finalmente realizar a revolução, para se chegar ao socialismo.
Max Weber não tem uma teoria geral da sociedade concebida, sendo que está mais preocupado com o estudo das situações sociais concretas quanto à suas singularidades. Além da ação social, que é a expressão do comportamento externo do indivíduo, trabalha também o conceito de poder.
A sociedade, para Weber, constitui um sistema de poder, que perpassa todos os níveis da sociedade, desde as relações de classe a governados e governantes, como nas relações cotidianas na família ou na empresa. O poder não decorre somente da riqueza e do prestígio, mas também de outras fontes, tais como: a tradição, o carisma ou o conhecimento técnico-racional.
O poder por meio da dominação tradicional se dá através do costume, quando já está naturalizada em uma cultura e, portanto, legitimada. Por exemplo, uma fonte de dominação tradicional é o poder dos pais sobre os filhos, do professor sobre o aluno etc.
O domínio do poder carismático ocorre quando um indivíduo submete os outros à sua vontade, por meio da admiração/fascinação e sem uso da violência. O líder carismático controla os demais pela sensação de proteção, que atrai as pessoas ao seu redor.
A ação racional com relação aos fins ocorre na burocracia, visando organizar as transações tanto comerciais como estatais, para que funcionem de forma eficiente. Por conta dessa organização, os indivíduos são submetidos às normas e diretrizes da empresa ou do Estado, para que o funcionamento dessas organizações seja eficiente e eficaz.
quinta-feira, 8 de maio de 2014
A Sociologia e o
Século XIX : uma breve introdução
Ao falar das grandes
revoluções européias dos séculos XVIII e XIX, o historiador Eric Hobsbawn
(2006) afirma a Revolução Francesa influenciou decisivamente uma idéia de
política, Já a Revolução Industrial significou grandes mudanças na economia,
especificamente nas relações e condições de produção. No decorrer desses
séculos, tais fatos propiciaram uma serie de mudanças nos contextos, políticos,
econômicos e sociais, no quais estiveram inseridos os principais teóricos da
sociologia.
No inicio do século
XIX tem uma situação francesa, de forma geral, pode ser percebida através da
disputa entre os que defendiam o retorno às estruturas do antigo regime, os que
defendiam a constitucionalização liberal Francesa e também aquele que desejavam
mudança, mais radical, nas estruturas políticas , econômicas e sociais. Esse
contexto marcado por elementos medievais e modernos foi marcado, mais adiante,
pela II república de Carlos Louis Bonaparte (Napoleão III), pela Batalha de
Serdan, pela guerra franco-prussiana (1870-1871) e também da comuna de Paris
(1871) considerada a primeira experiência de um governo operário, em toda a
história da humanidade.
Na Inglaterra, já administrada por um estado liberal burguês, o grande marco foi a revolução industrial, que veio acompanhada de grandes transformações tecnológicas como a descoberta como o aço, da eletricidade, maquina a vapor e tear mecânico. Ao mesmo tempo em que tais descobertas propiciaram uma maior produção econômica propiciou também mudanças nas relações de trabalho, principalmente na substituição de operários por maquinas, gerando assim grande impactos sociais por meio do desemprego em massa. Tal situação incentivou o surgimento do luddismo, que era um movimento contrario a mecanização e também a formação de outros grupos de reivindicação como por exemplo a Confederação Geral do Trabalho na França.
segunda-feira, 5 de maio de 2014
Diferença
entre o indivíduo e a sociedade
A visão entre o individuo e a
sociedade é fundamental nas Ciências Sociais, e faz parte dos primórdios do
desenvolvimento da Sociologia, que surgiu em meio a um crescente processo de
industrialização iniciado ainda no século XVIII e que levou ao surgimento de
inúmeros problemas sociais no inicio do século seguinte, quando surgiu a
disciplina. Podemos dizer que as transformações ocorreram pela transição de uma
realidade rural para um ambiente urbano e industrial. O advento de estruturas
sociais mais complexas fez com que os homens se vissem na necessidade de
compreendê-las. Brota uma nova ciência que, partindo do instrumental e das
ciências naturais e exatas, tenta explicar a realidade, estudando
sistematicamente o comportamento social dos grupos e as interações humanas.
Conceito de Sociedade
A sociedade, tal como passou a ser
compreendida no início do século XIX, pressupunha um grupo relativamente
autônomo de pessoas que ocupavam um território comum, sendo, de certa forma,
constituintes de uma cultura comum.
As relações sociais não só
referentes às pessoas, mas, inclusive, às instituições, moldavam as sociedades
diversas.
A sociedade é entendida,
portanto, como algo dinâmico, em permanente processo de mudança, já que as
relações e instituições sociais acabam por dar continuidade à própria vida
social. As Ciências sociais lidaram com essa relação de diferentes modos, ora
enfatizando a prevalência da sociedade sobre os indivíduos, ora considerando
certa autonomia nas ações individuais. Para o antropólogo Ralph Linton, a
sociedade, em vez do indivíduo, é a unidade principal, aquela onde os seres
humanos vivem como membros de grupos mais ou menos organizados.
Weber X Durkheim
Dois dos principais mestres da
sociologia clássica compreenderam de maneira diversa a relação entre indivíduos
e sociedade.
Emile Durkheim priorizou a sociedade
na análise dos fenômenos sociais, considerando-a externa aos indivíduos e
determinadora de suas ações, Max Weber entendia ser preponderante o papel dos
atores sociais e as suas ações. Weber entendia a sociedade como o conjunto das
interações sociais. A “ação social”, objeto de estudo Weberiano, toma este
significado pelo conjunto de pessoas que constituem a sociedade.
Para Durkheim, os fatores sociais
são anteriores e exteriores aos indivíduos, exercendo sobre eles um poder
coercitivo que se impõe sobre as vontades individuais. Num sentido oposto,
Weber priorizou as ações individuais para compreender a sociedade,
considerando-as como um componente universal e particular da vida social,
fundamental para se conhecer o funcionamento das sociedades humanas, em que
vigoram as interações entre indivíduos e grupos sociais.
De acordo com o sociólogo alemão Norbert
Elias (1897-1990), é comum distanciarmos indivíduo e sociedade
quando falarmos dessa relação, pois parece que julgamos impossível haver, ao
mesmo tempo, bem-estar e felicidade individual e uma sociedade livre de
conflitos. De um lado está o pensamento de que as instituições - família,
escola e Estado – devem estar a serviço da felicidade e do bem-estar de todos;
de outro, a ideia da unidade social acima da vida individual.
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